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Paraná tem exigências definidas para novo modelo de concessões de rodovias

As especulações em torno do novo modelo de concessão de rodovias no Paraná faz governo Estado se manifestar.

Duplicação total da BR 277 será prioritária segundo o governo do Estado

Ao falar a respeito das recentes manifestações, o Secretário Estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex de Oliveira, que a duplicação total da BR 277 “ é uma condição que o governador Ratinho Junior não abre mão.”

Pela proposta prévia de modelagem para o pedágio a ser licitado em 2021, ainda restariam cerca de 50 quilômetros em pista simples na BR-277, mas isso ainda está em negociação e pode mudar nos próximos dias, tendo em vista que a duplicação total é vista como estratégica para o desenvolvimento do estado e para a elevação de nível da rodovia.

Dos 726 quilômetros da BR-277, de Paranaguá a Foz do Iguaçu, apenas 228 quilômetros são em pista dupla, ou seja, são quase 500 quilômetros em pista simples.

O contrato de concessão assinado em 1997 previa grandes trechos de duplicação na BR-277, alguns foram retirados por aditivos firmados em 2000 e 2002, mas a previsão de fazer toda a rodovia em pista dupla nunca foi formalizada.

Nas últimas duas décadas, foram vários os protestos e as campanhas pela realização de obras na via.

O estudo dos trechos que precisam ser duplicados está a cargo da Empresa de Planejamento e Logística , estatal do governo federal que está trabalhando em parceria com o IFC, braço de projetos do Banco Mundial.

O trabalho será entregue para o Ministério da Infraestrutura e para a Agência Nacional de Transportes Terrestres , onde passará por ajustes antes de ser levado para audiências públicas, quando a população impactada pelo pedágio poderá apresentar sugestões e reclamações.

O consultor de Logística da Federação das Indústrias do Paraná , João Arthur Möhr, conhece bem as necessidades da BR-277 e dos demais trechos que devem fazer parte do novo pacote de concessões.

Ele percorreu todos os 3 mil e 800 quilômetros propostos, anotando informações sobre condições da via, fluxo e infraestrutura oferecida, também consultando policiais rodoviários para saber sobre pontos de acidentes frequentes.

O resultado está em um relatório que aponta os gargalos das rodovias.