Depois de adiar por dois meses o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda deste ano, o governo não cogita nova extensão do prazo, que vence dia 30.
A avaliação na equipe econômica é que, com a retomada de escritórios e empresas em grande parte das cidades, não há necessidade de postergar a data final.
Nesta semana o governo adiou mais um pagamento de tributo por empresas, que representa cerca de 40 bilhões de reais, editando uma portaria que passou para novembro a quitação das contribuições sociais com vencimento no mês de junho.
O entendimento, no entanto, é que não será necessária mudança para as pessoas físicas.
No início de abril, ainda sob os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus no Brasil, o secretário da Receita Federal, José Tostes, anunciou que o governo adiaria a entrega para 30 de junho a pedido de entidades como a Confederação Nacional da Indústria e os próprios auditores fiscais.
À época, a Receita avaliou que os contribuintes estavam encontrando dificuldades de acesso aos documentos necessários para a declaração, quadro que, para o órgão, se reverteu com a abertura gradual da economia.
Até ontem a Receita havia recebido 19.927.584 declarações de um total esperado de 32 milhões.
