Rádio Difusora do Paraná

Valorização do dólar garante melhores preços ao milho e soja brasileira

Agricultural concept, heap of soy beans and dollar banknotes

O mercado brasileiro do milho e da soja fechou em alta ontem segunda-feira, especialmente em razão da valorização do dólar.

 O ritmo de negócios, porém, continua lento 

Os preços do milho foram motivados pelo dólar, que subiu quase 2% neste início de semana e se aproximou ontem dos 4 reais e 80 centavos em dia de intensa volatilidade e forte aversão ao risco.

Os principais vencimentos subiram entre 0,09% e 0,83%, levando o março a 56 reais e 01 centavo e o setembro a 44 reais e 54 centavos a saca.

No Porto de Paranaguá, o indicativo, mais uma vez, fechou nos 45 reais, enquanto no interior os ganhos em algumas praças chegaram a 2%.

Apesar dos preços altos e sustentados, o ritmo de negócios, porém, ainda se mantém um pouco mais lento, com os vendedores evitando efetivar novas vendas agora.

Segundo consultores, o mercado deve ter, nesta nova semana, um ritmo muito parecido que teve nas semanas anteriores, com poucos negócios, colheita fluindo em bom ritmo com o tempo ainda seco no Sul e em boa parte do Sudeste, favorecendo as máquinas entrarem nos campos.

O mercado brasileiro de soja também mais uma vez foi beneficiado pela alta forte do dólar frente ao real.

O avanço da moeda norte-americana neutralizou as perdas intensas – e de cerca também de 2% – dos futuros da soja na Bolsa de Chicago.

Com a vantagem cambial, o Brasil segue liderando as vendas internacionais, com os preços para seus concorrentes pouco atrativos para quem vende em dólares, como os EUA e Paraguai.

Da mesma forma, o cenário também não é favorável para a Argentina e, dessa forma, a competitividade brasileira ainda é a maior.

A segunda-feira, no entanto, foi de pouca movimentação diante de um mercado operando em modo de pânico.

As cotações do petróleo nas bolsas de Londres e Nova York cederam mais de 20% somente nesta sessão e levou junto todas as demais commodities.

Mais do que isso, além dessa insegurança crescente diante do atual cenário, é necessário que os produtores brasileiros, apesar da alta forte do dólar, revejam suas estratégias de comercialização para que possam fazer bom uso das oportunidades.