Cascavel: Homem agredido até a morte na manhã de hoje, é identificado. Ele seguia para o trabalho!

Foto: Reprodução Redes Sociais

Delegado e Tenente Coronel falam sobre o caso

 

Foi identificado como Luis Lourenço, de 35 anos, o homem que foi morto na rua Manaus em Cascavel, na manhã desta terça-feira (25).

Ele trabalhava em uma empresa de energia solar e estava a caminho do trabalho, quando foi brutalmente assassinado. Conforme informado à reportagem, a vítima fazia o mesmo trajeto todo os dias.

Luis era casado e frequentava uma academia de crossfit no bairro Coqueiral, a qual publicou uma nota oficial lamentando o ocorrido:

É com imensa tristeza que nos despedimos do nosso querido aluno e amigo Luís Lourenço, que esteve conosco desde o primeiro dia do Cross XXI.

Luís não foi apenas um aluno — foi parte da nossa história, da nossa construção, e da nossa comunidade. Com sua presença marcante, bom humor e dedicação, deixou uma marca que jamais será esquecida.

Nos solidarizamos com todos os familiares, amigos e pessoas que tiveram o privilégio de conviver com ele. Seguiremos com ele em nossos pensamentos, levando em cada treino a lembrança de sua força e alegria.

Descanse em paz, Luís. Você sempre fará parte do nosso time“- finaliza a nota.

DELEGADO E TENENTE CORONEL FALAM SOBRE O CASO

O delegado Fabiano Moza, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Paraná, falou sobre a morte de Luis Lourenço, e também sobre o óbito do suspeito de ser o autor do crime.

Segundo o delegado, o crime aconteceu nas proximidades do Parque Vitória. A vítima – Luis Lourenço – foi brutalmente agredida com uma barra de ferro, de concreto com PVC e cimento. A barra pesada foi aprendida pela perícia.

As equipes policiais foram ao local para iniciar as diligências e também para localizar o suspeito. Além das equipes em terra, o Helicóptero Falcão ampliou a procura pelo espaço aéreo.

Fabiano Moza explica que na rua Treze de Maio foi realizada diligência. Um policial civil, com uma equipe do serviço reservado da Polícia Militar, localizou o suspeito e deu voz de abordagem, que não foi acatada.

Ele avançou para ser um policial civil no qual foi ferido na região da barriga. Esse suspeito estava com uma parte de uma tesoura de cortar grama e para impedir essa injusta agressão a equipe da P2 realizou o disparo para poder cessar essa injusta agressão“, explicou Moza.

Para ferir o policial, o homem estava com parte de uma tesoura que poderia ter sido ferido com maior gravidade. O objeto foi recolhido e encaminhado para a perícia técnica. Já com relação ao disparo, ele foi realizado pela Polícia Militar.

A equipe da P2 que teve que efetuar o disparo, já que o policial civil perdeu a arma no momento. Ele tomou um golpe, a arma dele caiu, então a equipe da P2 teve que efetuar o disparo, senão poderia ser fatal esse golpe que ele pegou de raspão na barriga dele“, disse o delegado.

Equipe do Siate foi mobilizada, mas apenas pode constatar o óbito do homem. Ainda segundo o delegado, foi encontrado próximo ao local, em um barraco, as roupas que esse autor do homicídio no Parque Vitória estava usando.

Então acreditamos que esse autor trocou de roupa e se escondeu na mata“, explicou.

Segundo Moza, as equipes mostraram a foto do homem que foi morto na rua Treze de Maio para a mulher que estava junto com o autor do homicídio e ela teria confirmado que seria a mesma pessoa. O autor e a mulher, em tese, são pessoas em situação de rua.

O delegado explica que ela será ouvida em sede policial para confirmar o que disse. Ainda não é possível afirmar se ela será testemunha dos fatos ou coautora.

A motivação do crime também é apurada e as possibilidades investigadas pelas equipes.

Com relação as identificações, foi encontrada uma identidade da vítima da rua Manaus e agora é aguardada a confirmação por parte dos familiares. Já do baleado e morto na rua Treze de Maio, o delegado explicou que será acionado o papiloscopista para poder fazer a coleta de impressão digital para levantar no banco de dados do Paraná com a identificação dele.

O tenente-coronel Cícero Tenório, comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, falou sobre a ocorrência e a ação integrada das equipes conseguiram neutralizar a ameaça.

Olha como eles são perigosos e qualquer coisa vira arma na mão dessas pessoas, muitas vezes usuárias de drogas. Um cano com concreto e ferro acabou virando uma arma mortal, metade de uma tesoura poderia ter tirado a vida de uma pessoa. É algo que a gente tem que pensar, discutir no Brasil essas situações que tanto afetam a sociedade e de pessoas que às vezes, aparentemente, estão em situação de vulnerabilidade e de rua, mas estão praticando o crime por droga“, afirmou.

Com relação a demora de atendimento, o tenente-coronel Cícero Tenório enfatiza que assim que possível as equipes estiveram no local.

Não houve qualquer morosidade. A primeira equipe que estava disponível veio e as demais vieram na sequência e fizeram todo o cerco no local junto com os demais órgãos de segurança“.