Rádio Difusora do Paraná

Receita incinera 320 toneladas de cigarros contrabandeados em Foz do Iguaçu

Oito carretas – com aproximadamente 15 metros cada uma – carregadas com 130 toneladas de cigarro ilegal, vindas de Bauru, em São Paulo, chegaram a Foz do Iguaçu.

A ação faz parte de uma grande força-tarefa realizada pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Receita Federal do Brasil para a destruição de 320 toneladas de cigarros contrabandeados, a maioria proveniente do Paraguai, equivalente a 225 milhões de unidades.

A operação tem como objetivo liberar espaço físico nos depósitos de produtos contrabandeados de São Paulo para possibilitar a continuidade e, especialmente, a intensificação das ações policiais de apreensão e combate ao contrabando.

O cigarro é o principal item contrabandeado e apreendido no Brasil, chegando a representar 40% dos produtos ilegais.

Com essa operação, cerca de 56 milhões de reais deixaram de financiar o tráfico de drogas, a corrupção e uma série de crimes violentos como os homicídios e o latrocínio.

Para Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria, a destruição dos cigarros ilegais é também uma questão de segurança, pois reduz significativamente os riscos de invasão dos depósitos com as mercadorias apreendidas.

O Fórum é uma associação civil, sem fins lucrativos, com foco exclusivo no combate à ilegalidade.

Segundo levantamento do Ibope, mais de 63 bilhões e 400 milhões de cigarros ilegais inundam as cidades brasileiras.

O número equivale a 57% do mercado de cigarros, sendo que 49%

destes são cigarros contrabandeados principalmente do Paraguai, passando pelo Paraná.

Somente em 2019 já foram destruídos em Foz do Iguaçu 48 milhões e 126 mil maços de cigarros.

A máquina que faz o processamento realiza a separação automática de fumo, filtro e papel e tem a capacidade de processamento de 800 a mil caixas de cigarros por dia.

O fumo vai uma parte para uma empresa que faz a produção de biogás em Foz do Iguaçu, outra para uma empresa cimenteira de Curitiba que faz o coprocessamento do fumo, o que quer dizer que o fumo é queimado, não gera resíduo na atmosfera e o resíduo é incorporado na produção do próprio cimento.

Outra parte vai para uma empresa na região de Curitiba e é usada na fabricação da cerâmica.