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Tribunal de Justiça afasta prefeito de Iporã acusado de corrupção

O Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – cumpriu nesta quarta-feira cinco mandados de prisão preventiva e 40 mandados de busca e apreensão no âmbito da operação “Cleptocracia”, que investiga atuação de organização criminosa em fraudes a licitações, corrupção passiva, falsidade ideológica e peculato na Prefeitura de Iporã.

 Dois secretários e um servidor municipal foram presos 

O prefeito de Iporã, Roberto da Silva, um dos investigados e alvos dos mandados de busca, foi afastado do cargo e proibido de frequentar a Prefeitura por determinação do Tribunal de Justiça.

Também são alvos dos mandados de prisão dois secretários municipais de Iporã, de Obras e de Finanças, um servidor público e outros dois integrantes da organização, apontados como principais colaboradores das fraudes.

De acordo com as investigações, iniciadas há dez meses pelo Núcleo de Cascavel do Gaeco e pela Promotoria de Justiça de Iporã, o grupo fraudava procedimentos licitatórios em benefício de empresas que estavam em nome de “laranjas” e que, na realidade, pertenciam ao prefeito e seus familiares.

Dos 40 mandados de busca e apreensão, 34 foram expedidos pela Vara Criminal de Iporã e são cumpridas em Iporã 22, Curitiba 1, Umuarama 4, Santa Izabel do Ivaí 1, Toledo 1, Marechal Cândido Rondon 2, Palotina 1 e Tapejara 2.

As buscas ocorrem em residências, gabinetes em secretarias municipais, empresas e escritórios contábeis.

Outros seis mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça e são cumpridos no gabinete do prefeito de Iporã, em sua residência e em sua propriedade rural, nas sedes de duas empresas e de instituição de ensino.

Também a partir das investigações, o Juízo determinou a suspensão do contrato que 12 empresas investigadas mantinham com a Prefeitura, proibindo-as de participarem de novas licitações ou contratações com a administração pública.