Adapar esclarece duvidas a respeito da presença de morcegos em áreas urbanas

A princípio esses animais não representam riscos à população

A recente divulgação da presença de morcegos em uma caverna na região de São Roque e das medidas preventivas determinadas pela Adapar num raio de 12 km do local, para evitar casos de raiva em animais e também em seres humanos, ensejou preocupação também na cidade, por conta da presença de morcegos em alguns locais.

Questionado a respeito, o médico veterinária Loreno Egidio Tafarel, da Adapar local, diz que “ em geral os morcegos da área urbana são frugívoros, ou seja, a base de alimentação são as frutas.

Esses animais não são da espécie Desmodus rotundus que é a espécie cuja fonte de alimentação é sangue e transmissora, ou seja, são vetores do vírus da raiva.

Uma das característica são os dentes incisivos mais desenvolvidos para produzir os ferimentos nos animais e a fenda no lábio inferior, que serve para facilitar a ingestão de sangue.

Raramente os morcegos frugívoros estão infectados pelo vírus da raiva e essa situação tem sido identificada no Paraná, por isso é interessante o envio de morcegos urbanos para o laboratório a fim de identificar se os mesmos estão ou não infectados.

Uma vez estando infectado , destaca o médico veterinário, aí sim eles podem contaminar gatos e cães urbanos e a partir daí, facilitar também a infecção humana.

Assim sempre é importante que ao manusear morcegos frugívoros urbanos deve-se usar luvas adequadas e vacinar cães e gatos com a vacina anti rábica.

Conforme Loreno Tafarel, a Adapar não tem atribuição sobre populações de morcegos urbanos, pois isso é de responsabilidade da vigilância sanitária de cada município e do próprio cidadão.

Ele menciona ainda que morcegos capturados na área urbana podem ser enviados para o laboratório, o Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, em Curitiba, aí sim via Adapar de MCR.

Outra alternativa é enviar o animal via Vigilância Sanitária de cada município para o Laboratório Central do Estado, o LACEN.