Sistema precisará ser mais rigoroso e mais eficiente
A Segunda Ponte entre Brasil e Paraguai, batizada de Ponte da Integração , ligando Foz do Iguaçu a Presidente Franco, em Alto Paraná, no Paraguai, deve ser uma realidade a partir de 2022 e visa intensificar a relação entre os dois países, criar mais oportunidades de negócios, mas também engloba consequências que exigirão do governo um planejamento logístico, urbano e, sobretudo, da área da segurança.
É fato que o governo já tem colocado um empenho maior na fiscalização e segurança da fronteira, como é o caso da Operação Hórus, que notícia todos os meses grandes volumes de apreensões de produtos contrabandeados nos locais em que atua.
O sistema de fiscalização porém, precisará ser mais rigoroso para que o local não se torne mais um ponto de entrada de produtos contrabandeados do Paraguai.
Isso exigirá dos órgãos de segurança envolvidos uma continuidade no investimento em inteligência e aprimoramento na cooperação com as autoridades paraguaias.
O secretário municipal de Turismo de Foz do Iguaçu , Gilmar Piolla, diz acreditar que de fato o contrabando tende a aumentar, pois será mais uma oportunidade de travessia de mercadorias trazidas do país vizinho.
O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Danilo Vendrúsculo, também afirma que será necessário dobrar os efetivos para dar conta da entrada e saída de pessoas e veículos”.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, em nota, que tem priorizado ações de combate ao crime organizado na região de fronteira, ressaltando que até o final do ano, o Projeto Vigia , um Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras, contemplará a região onde será construída a ponte.
Por meio do programa, coordenado pela Secretaria de Operações Integradas, as forças de segurança vão atuar em conjunto na região de fronteira, em ações como a Operação Hórus, no Paraná.
O objetivo é fortalecer o combate ao crime organizado, aumentar a fiscalização e a repressão contra crimes transfronteiriços como contrabando de cigarros, brinquedos e eletrônicos, o tráfico de drogas e de armas”.